Yogyakarta
Para celebrar os meus anos, decidimos ficar num hotel melhor que o habitual. Por 40€ a noite, era bem acima da média que andávamos a pagar, mas mesmo assim acessível. A piscina no terraço e vista para a pista do Aeroporto souberam muito bem depois do hostel em Singapura.
Não planeávamos visitar Yogyakarta, portanto ficar fora do centro foi boa ideia. A ilha de Java na Indonésia é claramente sobrepopulada, e decidimos não ir a Jakarta.
Mesmo assim, viemos até Java ver como era, e a Yogyakarta especificamente para visitar o templo de Borobudur, o maior templo Budista na Indonésia, e muitas vezes comparado a Angkor Wat no Cambodja. Mais tarde viemos a perceber que “maior” não é em termos de tamanho, mas em questão de importância cultural e religiosa.
Como é a 40km de Yogyakarta, apanhámos um “Grab” (concorrente da Uber) como forma segura e barata de chegar lá. Guias podem ser contratados à entrada do templo, o que fizemos e recomendamos.
O guia explicou-nos tudo o que havia para saber sobre o templo, e focou-se muito nos baixos relevos, mostrando muitas histórias sobre as diferentes reincarnações de Buddha. Ao contrário de Angjor Wat, este templo não tem interior, e portanto a visita é feita no exterior, subindo os diferentes níveis no sentido dos ponteiros do relógio.
Para voltar a Yogyakarta apanhámos um autocarro público. Foi muito simples e mais barato que apanhar um grab. Havia outros turistas a fazer o mesmo, o que nos surpreendeu!
Naquela região havia outros complexos de templos, mas Borodubur foi suficiente tendo em conta todos os outros templos onde já tinhamos estado.
Desta vez de comboio, passámos à próxima paragem em Java – o vulcão Mt. Bromo.
Mount Bromo
Era a época baixa de visitas ao Bromo, como o simpático dono do alojamento nos explicou. O Bromo fica próximo de uma pequena villa, e as tours funcionam quando se enche a carrinha. Quanto maior o grupo, mais barata fica a tour. Como eramos só dois, e sem grande probabilidade de mais alguém aparecer, fazer a tour seria caro. Outra opção seria ir de transportes públicos, mas esse só saía quando enchesse, o que implicava esperar possivelmente horas. O problema seria regressar, visto não termos transportes garantidos!
Sobrava apenas uma opção, alugar um carro com condutor, portanto foi o que fizemos. Felizmente o Grab também tem esta opção. O condutor que veio não queria ir tão longe, mas acabámos por convencê-lo. Acabámos por falar muito com ele, o que foi muito bom visto a viagem ser de 2 horas para cada lado!
Quando chegámos à vila não nos deixaram subir até ao miradouro de carro, porque só 4x4s eram permitidos, portanto fomos a pé. Haviam algumas pessoas a trabalhar nos campos, sorrindo e olhando para nós à medida que subiamos. A área em torno do Mt. Bromo é muito rural, e como era época baixa não havia turistas. Ver-nos a passar significava um breve intervalo no trabalho duro do campo, mesmo que apenas para trocar um sorriso.
Quando chegámos ao miradouro, fomos brindados com uma vista espetacular do Mt. Bromo:
Infelizmente, esteve nublado o dia todo, e apesar dos nossos melhores dejesos, não melhorou quando subimos. Não fazia sentido esperar para que o tempo melhorasse, portanto voltámos a descer, mas desta vez para lá da vila e na direcção da base do volcano. Queríamos pelo menos vê-lo, mesmo que fosse preciso andar até lá!
O cenário é muitas vezes descrito como de outro mundo, estando o vulcão junto a outros dois, no meio de uma Caldera (um volcano maior que colapsou). Ao contrário da caldera de Ngorongoro que visitámos o ano passado, este estava coberto por cinza volcânica, nada de água e pouca vegetação, tornando o setting muito inóspito.
O céu finalmente abriu o suficiente para vermos bem o vulcão, mas era proibido subir por haver actividade recente.
Enquanto andávamos na direcção do vulcão, um relampago trovejou tão alto que pensámos que era barulho do vulcão activo. Como já estávamos bastante perto e havia fumo a sair, decidimos voltar para trás.
Com o nosso condutor à espera, voltámos ao alojamento, prontos a apanhar o comboio no próximo dia para o Bali!
João